"Não se pode maternar sem sustentação. Não se pode maternar sem fusão emocional. Não se pode maternar sem buscar o próprio destino."
Laura Gutman, terapeuta argentina

sábado, 6 de agosto de 2011

Maternidade Selvagem

Inspirada pelas queridas "comadres", presenciais e virtuais (aliás o Encontro Nascer Sorrindo de hoje foi lindo, muito especial, obrigada meninas), lanço minha homenagem a Semana Mundial da Amamentação. Recebi este texto em nossa lista Parto Humanizado - RS, na ocasião, senti-me feliz e inspirada e encaminhei para muitas lindas mulheres. Palavras que expressam também a minha gratidão ao universo por ser mulher. Uivemos para lua crescente (e para todas as outras), dozelas, bruxas, grávidas ou com pequenos lobinhos no peito. Em cada ciclo, sempre mulheres!






"Quando seu bebê chorar à noite, guie-se pela penumbra da casa até encontrá-lo e finja que está vivendo numa caverna, em algum clã de uma Era remota. Surpreenda-se por tê-lo deixado longe de seu corpo, exposto ao frio. Não há mamadeiras, nem geladeiras, você não tem fogão. Entenda que o drama da existência de um bebê em sua vida nada tem a ver com chocalhos, bibelôs ou chupetas. Você precisa salvá-lo, defendê-lo de feras e em breve o amarrará em seu corpo para ir à floresta. Só você pode salvá-lo, com seu leite, seu corpo, seu calor. Somente você pode fazer dele uma criatura forte e destemida e isso ocorrerá pela viagem dos hormônios em seu corpo, eles levarão as mensagens por meio do seu leite e de suas atitudes. Parir e amamentar é coisa do eu antropológico em nós.Você só está aqui porque uma linhagem de mulheres e homens um dia, lá atrás, salvaram-se, naturalmente, na luta pela sobrevivência. Todo o resto civilizado é prazer que podemos desfrutar. Não deixe que a beleza da civilização, que todos os ganhos culturais que obtivemos te faça fraca e infeliz por ter uma linda criança nos braços."
 


Nenhum comentário:

Postar um comentário