"Não se pode maternar sem sustentação. Não se pode maternar sem fusão emocional. Não se pode maternar sem buscar o próprio destino."
Laura Gutman, terapeuta argentina

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Para elas - vocês - mães da minha vida...

Pensando sobre tudo isso... enquanto a música toca e me toca. e a voz de Alice (como me encanta!), canta:

Música: Alzira Espíndola
Letra: Alice Ruiz
Poesia: Alice Ruiz


amor que se dedica
amor que não se explica
até quando se vai
parece que ainda fica
olhando você sair
sabendo que vai cair
deixar que saia
deixar que caia
por mais que vá sofrer
é o jeito de aprender
e o teu caminho
só você vai percorrer
se você vence, eu venço
se você perde, eu perco
e nada posso fazer
só deixar você viver


enchemos a vida
de filhos
que nos enchem a vida

um me enche de lembranças
que me enchem
de lágrimas

outro me enche de alegrias
que enchem minhas noites
de dias

outro me enche de esperanças
e receios
enquanto me incham
os seios


amor que se dedica
amor que não se explica
até quando se vai
parece que ainda fica
olhando você sair
sabendo que vai cair
deixar que saia
deixar que caia

por mais que vá sofrer
é o jeito de aprender
e o teu caminho
só você vai percorrer
se você vence, eu venço
se você perde, eu perco
e nada posso fazer
só deixar você viver

só olhar você sofrer
só olhar você aprender
só olhar você crescer
só olhar você amar
só olhar você...


Para elas

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Miguel sem fraldas!

Miguel parou de usar fraldas, mais um passo grande de independência (nossa!). Mais uma lição para uma mãe aprendendo a sê-lo.  No verão, ele ficava peladinho e fazia ‘pipi’ na grama ou no pinico mas era só colocar a fralda e adeus sensibilidade. E eu me inquietava, como será no inverno? Teremos que esperar o próximo verão para continuar o processo? E então,  de repente,  ele começou a pedir pra tirar a fralda e ir ao banheiro (não ao penico, claro, mas ao vaso comum e sem adaptador, pois ele quer ser como a gente). Simples assim, sem oferecer a cada meia hora,  sem situações constrangedoras em público, espero que sem traumas para  ele.

Miguel naturista (e sem fraldas) no fim do verão!
 Independência auto-regulada.... 


Então, como falava com minha amiga Nati ontem, a gente perde o sono imaginando como será e as crianças se mostram bastante auto-reguladas, bastando agir com naturalidade e paciência: para começar a dormir na cama, sentar-engatinhar- andar, desmamar – ainda me surpreendo de como foi fácil! Dormir a noite toda (essa etapa desperta compreensivelmente nossa ansiedade de mães...), falar ou tirar as fraldas.      
Também acabou a fase de lavar um caminhão de panos, pois sim, usamos fraldas de algodão reutilizável – e como! – quase exclusivamente.  Ainda não consigo olhar pra trás e dizer que foi super tranqüilo (a memória seletiva deve cuidar disso mais tarde). Deu muito trabalho, gerou conflitos de casal,  mas eu avaliei que foi a escolha que me causava menos sofrimento. Pra mim, comprar, usar na pele sensível do bebê e  colocar fora (opa, fora da onde? Afinal, trabalhamos diariamente o conceito de que a terra toda é nossa casa!) era muitas vezes a mais difícil que o ritual de tirar o cocô- esfregar com sabão de côco- colocar no vinagre e na máquina - estender –dobrar (passar a ferro foi um passo eliminado nos primeiros meses).

Uma das primeiras imagens de nossa "nova rotina" quando Miguel nasceu. Era só o começo!

Respeito e compreendo totalmente as escolhas de cada um, e pra mim acho que fez diferença o fato de que onde moro, no sítio, não passa caminhão de lixo. Temos que administrar TODO resíduo que produzimos.  Então tentamos compostar a parte orgânica das poucas fraldas descartáveis que usamos e tentar reciclar o plástico. Mas não desapareceram de nossa vida, veremos o quanto ainda vão durar...
Enfim, toda fase traz novas rotinas. Não preciso ter mais uma bolsa enorme com todo aparato do nenê! Mas devo estar preparada pra catar uma árvore pra ele ”regar” às vezes no meio da cidade. Ou largar o prato do almoço pra ir limpar – e celebrar – o “bumbum” (como ele chama o cocô)! Faz parte...O fato é que ele mostra todo dia o quanto amadurece... sozinho, como os frutos.