"Não se pode maternar sem sustentação. Não se pode maternar sem fusão emocional. Não se pode maternar sem buscar o próprio destino."
Laura Gutman, terapeuta argentina

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Esse meu mar de emoções...

Mamãe Iemanjá
Brilhante como o luar prateado refletido nas espumas do mar, uma entidade vestida de branco e azul caminha sobre a água com os braços abertos abençoando a fertilidade. Assim é Iemanjá, a mãe de quase todos os orixás segundo a mitologia afro-brasileira, cuja data sincrética se comemora em 2 de fevereiro.

Levamos (com a  mana Nati e sua voz de sereia)  um pouco da Rainha do Mar para nosso encontro Nascer Sorrindo Caxias II/2011 -justamente no dia 2/2- em forma de dança malemolente, oração e hino de homenagem. O mar é o útero da vida, sempre em movimento ondulante, gerando e conduzindo. Em um de nossos livros de arquétipos femininos,  Iemanjá corresponde a Entrega, a chave para o mergulho nas profundas águas do inconsciente, própria essência do parto natural. Para mulher, este é um dos momentos mais selvagens e sexuais de sua vida, como pudemos compartilhar no relato sensível cheio de insights da Paula sobre o recente nascimento da pequena Luna (presente e participante), em casa com a equipe de Ric e Zeza e a doulita Rachel.
Ela contou sobre como enfrentou o desafio final que surge nas últimas braçadas da jornada do trabalho de parto, quando já avistamos a praia e, exauridas, pensamos que não temos mais força nenhuma. É hora de permitir o nascimento da mãe, forjada de sombra e luz, medo e coragem, e abraçá-la. Então, constatamos que éramos ainda mais fortes do que acreditávamos e que, agora sim,  estamos prontas. Suas palavras levaram-me às lágrimas em diversos momentos, assim como ver nosso Athos tão crescido e comunicativo. O corpo emocional de toda mulher segue a Lua como as marés, todos os meses.
Nascer Sorrindo Caxias II/2011 no dia de Iemanjá:
puras bênçãos, reencontros e emoção! 
Que bênçãos salgadas de Iemanjá recaiam sobre as mulheres que enfrentam tempestades, como tantas que encontro e outras que estão sempre em meu coração. Que embalem a confiança  no próprio corpo e na divindade interior que o habita, na intuição, na Natureza que nos ensina  e no Universo com suas  oportunidades e sua infinita abundância. E que não tarde o próximo abraço de amor fundamental de Mamãe Iemanjá.

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