As doulas são mulheres à serviço de outras mulheres na sagrada tarefa de dar à luz. É aquela que acompanha a mulher na grande jornada do parto, passo a passo, descendo nas profundezas de sua feminilidade selvagem, experimentando o ápice da dor e do êxtase. Suas ferramentas: duas mãos e um coração.
Encontrei muitas mulheres nesta vivência - Curso de Capacitação para Doulas, em Porto Alegre, outubro de 2010- dentro e fora de mim. Mulheres dotadas de uma coragem arrebatadora, mães cheias de carinho, almas abertas, punhos cerrados, dispostas a subir o rio corrente acima e também a deixar-se fluir. Organizando conhecimento através do contato mais sutil e assim gerar um mundo de paz. Um mundo para onde as mulheres empoderadas podem, em paz, trazer seus filhos.
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Brunas, Micheles, Zezas, Ronices, Cibeles, Milenas, Racheis, Patis, Anitas, Zezés, Maris, Lucías, enfim... todas as mulheres do mundo e Ric (a adorável parte yang do curso) |
Daquela tão forte que disse NÃO muitas vezes - com voz trêmula e firmeza anabalável- a médicos, enfermeiras e a todo paradigma tecnocrata que a mandava deitar no trabalho de parto para que não "matasse seu filho". Da enfermeira que proferiu esta ameaça e teve a graça de ver aquele bebê nascer como um milagre da natureza, pediu desculpas em lágrimas para esta mãe e por fim tornou-se filha do abraço de doula e das outras mulheres que estavam ali.
Da parteira como a mais antiga das profissionais, da fraternidade como condição para nossa sobrevivência enquanto espécie , do instinto que faz o bebê procurar os olhos da mãe nos primeiros instantes de sua vida fora do útero. Das loucas como nós. Histórias que recolhi como pedras preciosas impregnadas de energia e que levarei comigo para me guiem e carreguem de mais vida minha vida de mulher.
Querida Bruna!
ResponderExcluirSensivelmente bela tua descrição da nossa formação em doulas! Engrandeceu-nos como mulheres! Certamente fortaleceu a vontade de manter-se "louca" e permitir que a vida se manifeste com toda sua força e simplicidade... Ser uma parte da Mãe Terra e deixar-se nascer com a intensidade das contrações, no respirar da vida e no desabroxar do Ser... Parir é, não somente participar do espetáculo da vida, mas ser a Protagonista da sua própria história! Conte comigo, querida!!! Que possamos seguir lançando sementes de feminilidade... Imenso abraço... Cibele