![]() |
zezé, suely, linda, paula, eu e mig |
Como toda mulher, Suely Carvalho é jovem e velha ao mesmo tempo. Carregando o nome de minha avó materna (que pariu 5 em sua casa, onde também acontecia o parto de suas irmãs), trouxe-me a ancestralidade da parteria tradicional baseada na experiência e confiança. Voando as tranças pelo Brasil e arredores, acompanhando o pique das também jovens seguidoras que a acompanham, se define como eterna aprendiz.
Receber em minha casa, a Arca Verde, a visita de Suely trazida pela doula Zezé foi uma delícia. Tomando chimarrão e café, comendo os chocolates (receita nova que deu certo de primeira!) do dia de São Cosme e São Damião, recebi notícias dos amigos comuns de perto e de longe, e do que se faz naquele outro Brasil chamado nordeste. Da formação de aprendizes de parteiras ancorada em ferramentas espirituais, de vivenciar o próprio nascimento e a história familiar pra tecer auto-conhecimento, das tendas vermelhas do tempo de Jacó e suas esposas, só pra citar alguns aspectos do trabalho com o Sagrado Feminino que Suely realiza especialmente entre Pernambuco e Bahia. É saboroso trocar idéias, experiências e emoções sobre meu assunto preferido desde que a barriga se pôs a crescer pulsando uma nova vida: o desafiante estado de graça da maternidade.
Ser mãe é reviver a história de nossas mães, uma oportunidade de curar relações. Ser avó é passar de novo por isso em outra volta da espiral da vida. Vejo isso em minha mãe e minha vó paterna, que tem uma relação encantadora com meu MIguel. Suely já é também bisavó e compartilhou que desconhecia o tamanho de sua capacidade de amar antes de conhecer os netos. Assim voltamos a construir a história de nossos poderosos clãs femininos familiares, cheios de mães, tias e avós e assim encontrar a nós mesmas.
Em breve, espero que Suely volte para conduzir na Arca uma vivência conosco. Também é de meu desejo me tornar uma aprendiz de parteira e ajudar a trazer ao mundo as crianças da nova era! Ahá